Atualmente o autismo
é considerado um Distúrbio do desenvolvimento e faz parte de um grupo de
condições denominadas, no seu conjunto, de Distúrbios Abrangentes do
Desenvolvimento ou transtornos
globais do desenvolvimento
(ASSUMPÇÃO,2000.)
Quando as crianças
autistas crescem, desenvolvem suas habilidades sociais em extensão variada.
Algumas crianças permanecem indiferentes, não compreendem o que se passa na
vida social . Muitos se comportam como se as outras pessoas não existissem, não
conseguem manter o contato físico e ocular , mantendo um olhar através de você,
não reagem a alguém quando lhes chamam pelo nome. Freqüentemente, facialmente,
não conseguem demonstrar suas emoções, exceto se estiverem muito agitados.
Permanecem estranhamente distantes e desinteressados no que ocorre ao seu
redor. Pessoas com esse distúrbio possuem dificuldades qualitativas na
comunicação, interação social, e a imaginação e consequentemente problemas
comportamentais.
Diagnóstico
O diagnóstico do
autismo é clínico e feito através de observação direta do comportamento e de
uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar
presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível se fazer o diagnóstico por
volta dos 18 meses de idade. Ainda não há marcadores biológicos e exames
específicos para autismo, mas alguns exames, tais como cariótipo ( com pesquisa
de X frágil, EEG, RNM e erros inatos do metabolismo), teste do pezinho,
sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes
neuropsicológicos são necessários para investigar causas e outras doenças
associadas.
Tratamento
Segundo Assumpção
(2000) o tratamento do autismo consiste em intervenções psicoeducacionais,
orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. O ideal é
que uma equipe multidisciplinar avalie e proponha um programa de intervenção.
Dentre alguns profissionais que podem ser necessários podemos citar:
psiquiatra, psicólogo, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e
educador físico. Os métodos de intervenção mais conhecidos e mais utilizados
para promover o desenvolvido da pessoa com autismo e que possuem comprovação
científica de eficácia são:
TEACCH (Treatment and
Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children) é um
programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o
ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o
ambiente mais compreensível, esse método visa a independência e ao aprendizado.
PECS (Picture
Exchange Communication System) é um método que se utiliza figuras e adesivos
para facilitar a comunicação e compreensão
ao estabelecer uma associação entre a atividade/símbolo .
ABA (Applied Behavior
Analysis) ou seja, analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação
dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento
operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente
significativos, reduzir comportamentos indesejáveis e desenvolver habilidades.
Medicações: O uso de
medicamento deve ser prescrito pelo médico, e é indicado quando existe alguma
comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no
cotidiano. Mas vale ressaltar que até o momento
não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. É
importante o médico informar sobre o que se espera da medicação, qual o prazo
esperado para que se perceba os efeitos, bem como os possíveis efeitos
colaterais.
Referência bibliográfica:
ASSUMPÇÃO, F.; PIMENTEL,A. Autismo
Infantil. Revista Brasileira de Psiquiatria. 2000. Disponível em: <www.scielo.com.br >. Acesso em: Ago/2012.
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