domingo, 9 de junho de 2013

O PSICOLOGO E SUA ATUAÇÃO NA ESCOLA



O psicólogo, atuando na escola, deve buscar novas formas de levar em conta os processos de avaliação, deixando de tratar a queixa escolar como um fato em si mesmo e passando a buscar a compreensão da história escolar como um processo. O psicólogo que escolha trabalhar nessa realidade deverá compreender as demandas por justiça e direitos e forjar suas ações no sentido de contribuir criticamente e situar-se também como ator comprometido com essas demandas (GOMES,2011).

Alguns elementos devem ser considerados no trabalho do psicólogo escolar: O estudante deve ser concebido como um sujeito inscrito em um sistema social, o que implica uma atenção às influências sistêmicas que o cercam quando se procura entender os problemas que está apresentando e se planejam intervenções; Os problemas, dificuldades e queixas devem ser considerados no interior de uma ordem institucional e social onde a criança vive, e não um problema exclusivo da própria criança. Essa compreensão pressupõe uma avaliação não somente das variáveis próprias do estudante mas também de aspectos do ambiente institucional, social e familiar.

O psicólogo deverá estar preocupado com a prevenção e a promoção da saúde e do bem estar subjetivo, envolvendo-se em atividades que permitam aos estudantes obterem sucesso em suas atividades da vida, diminuindo as situações de risco, do fracasso escolar e de outros fatores que possam ameaçar sua sanidade e inibir suas potencialidades. Esse psicólogo estará preparado para integrar equipes, comissões e grupos de trabalho multidisplinares, no sentido de interferir no desenvolvimento da criança, sobretudo com a família, a escola e a comunidade.
De acordo com Souza (et al, 2004) a atuação do psicólogo na equipe multidisciplinar, prioriza uma intervenção que visa  proporcionar às crianças autistas e a seus familiares uma vida mais digna, mais amena e proveitosa. O psicólogo também poderá fazer esclarecimentos a outros técnicos sobre as formas e condições de aprendizagem e ajustamento do indivíduo. É parte fundamental do processo de reabilitação a avaliação diagnóstica, é o ponto de partida para o estabelecimento dos programas e metas a serem atingidos.
Um trabalho de socialização é essencial, no sentido de evitar o preconceito e a discriminação ainda existentes, proporcionando uma prevenção primária, através de elucidações junto às escolas e pessoas envolvidas. O trabalho do psicólogo e da equipe multidisciplinar, com a família, resulta em melhor qualidade de vida para a pessoa portadora da síndrome. Todos podem ajudar a construir esse caminho e, em especial, o psicólogo, que poderá atuar diretamente com os sentimentos, expectativas e desejos de uma vida menos dolorosa e mais suave.

Referências Bibliográficas:
GOMES, Claudia  e  SOUZA, Vera Lucia Trevisan de. Educação, psicologia escolar e inclusão: aproximações necessárias. Rev. psicopedag. [online]. 2011, vol.28, n.86, pp. 185-193. ISSN 0103-8486. Disponível em: <www.scielo.com.br> . Acesso em: 20 out 2012.
  
SOUZA, José Carlos et al. Atuação do psicólogo frente aos transtornos globais do desenvolvimento infantil. Psicol. cienc. prof. [online]. 2004, vol.24, n.2, pp. 24-31. ISSN 1414-9893.Disponível em: <www.scielo.com.br> . Acesso em: 13 Ago 2012. 

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