domingo, 9 de junho de 2013

AUTISMO


Atualmente o autismo é considerado um Distúrbio do desenvolvimento e faz parte de um grupo de condições denominadas, no seu conjunto, de Distúrbios Abrangentes do Desenvolvimento ou transtornos globais do desenvolvimento (ASSUMPÇÃO,2000.)
Quando as crianças autistas crescem, desenvolvem suas habilidades sociais em extensão variada. Algumas crianças permanecem indiferentes, não compreendem o que se passa na vida social . Muitos se comportam como se as outras pessoas não existissem, não conseguem manter o contato físico e ocular , mantendo um olhar através de você, não reagem a alguém quando lhes chamam pelo nome. Freqüentemente, facialmente, não conseguem demonstrar suas emoções, exceto se estiverem muito agitados. Permanecem estranhamente distantes e desinteressados no que ocorre ao seu redor. Pessoas com esse distúrbio possuem dificuldades qualitativas na comunicação, interação social, e a imaginação e consequentemente problemas comportamentais.
Diagnóstico
O diagnóstico do autismo é clínico e feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível se fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo, mas alguns exames, tais como cariótipo ( com pesquisa de X frágil, EEG, RNM e erros inatos do metabolismo), teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes neuropsicológicos são necessários para investigar causas e outras doenças associadas.
Tratamento
Segundo Assumpção (2000) o tratamento do autismo consiste em intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. O ideal é que uma equipe multidisciplinar avalie e proponha um programa de intervenção. Dentre alguns profissionais que podem ser necessários podemos citar: psiquiatra, psicólogo, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e educador físico. Os métodos de intervenção mais conhecidos e mais utilizados para promover o desenvolvido da pessoa com autismo e que possuem comprovação científica de eficácia são:
TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children) é um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa a independência e ao aprendizado.
PECS (Picture Exchange Communication System) é um método que se utiliza figuras e adesivos para facilitar  a comunicação e compreensão ao estabelecer uma associação entre a atividade/símbolo .
ABA (Applied Behavior Analysis) ou seja, analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis  e desenvolver habilidades.
Medicações: O uso de medicamento deve ser prescrito pelo médico, e é indicado quando existe alguma comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no cotidiano. Mas vale ressaltar que até o momento  não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. É importante o médico informar sobre o que se espera da medicação, qual o prazo esperado para que se perceba os efeitos, bem como os possíveis efeitos colaterais.
  Referência bibliográfica:

ASSUMPÇÃO, F.; PIMENTEL,A. Autismo Infantil. Revista Brasileira de Psiquiatria. 2000. Disponível em: <www.scielo.com.br   >. Acesso em: Ago/2012.

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